quinta-feira, 1 de março de 2012

Resende 2 x 1 Fluminense. De novo a modorra das fases de classificação carioca!

O resultado da "incompetência" da Federação. E a Diretoria Tricolor não reage.  (foto: Lancenet.com.br / Paulo Sergio)



A Taça Rio começou toda errada para o Fluminense.

A começar pela falta de senso dos ególatras dirigentes da Federação Estadual ao marcarem um jogo do campeonato para uma tarde de dia útil.

E o escolhido para a sandice foi justamente o campeão do turno anterior. Parece coisa de recalcado ou de alguém, que por não estar acostumado a trabalhar pensa que o resto da população goza dessa ignóbil mordomia.

Mas, independentemente do horário, calor e estádio vazio, a apresentação tricolor foi de doer.

Esperava-se um futebol vibrante de uma equipe totalmente formada por reservas, visto que eles não se cansaram de apregoar que iriam agarrar a oportunidade com todas as suas forças para tentar uma vaga entre os titulares.

O que se viu, no entanto, foi um time dispersivo, desmotivado e sem nenhuma vontade de vencer. A comemoração do Sobis por ocasião de seu gol foi o espelho fiel do ânimo de todos.

Ainda assim, o Fluminense foi superior na maior parte do tempo e não fossem as falhas recorrentes dos mesmos de sempre a vitória poderia ter sido obtida com facilidade.

Antes mesmo que o Fluminense acordasse em campo, o Resende já marcava o seu gol com Marcel, após driblar Digão com a facilidade de quem rouba doce de criança. Sinto calafrios só de pensar que existe a possibilidade dele estar em campo contra o Boca Juniors.

Em seu estado normal Abel não pode fazer essa bobagem. Qualquer outra opção, à exceção da escalação de Márcio Rosário, tornará a defesa mais consistente. Por que não tentar o Edinho de zagueiro?

O Fluminense continuou tocando a bola e mesmo sem demonstrar muita vontade, acabou prevalecendo a melhor técnica de alguns de seus jogadores. Em decorrência, após duas bolas na trave do Resende, o empate veio aos trinta minutos numa boa trama entre Lanzini, Wagner e Souza que culminou com o belo gol de Rafael Sobis.

Após o intervalo, a troca de Souza por Wallace diminuiu a qualidade do passe, embora o domínio continuasse com o Tricolor até que num contra ataque despretensioso a defesa bateu cabeça e o Resende voltou a marcar.

A sequencia de falhas começou quando Fábio perdeu uma dividida na entrada da área e a bola sobrou na esquerda para o centro de Marcel para Marcelo Régis marcar sob a inexplicável passividade de Márcio Rosário e Berna.

A partir de então, Abel fez duas alterações e voltou a incorrer no erro de sempre, mantendo quatro atacantes em campo, Rafael Sobis, Rafael Moura, Samuel e Matheus Carvalho, com falta de habilidade no meio de campo para municiá-los. E o resultado lógico só poderia ser a derrota, uma vez mais.

A estratégia de Abel de enviar onze reservas a campo foi correta. O desgaste da equipe principal nas finais da Taça Guanabara e a proximidade do jogo na Bombonera sinalizavam para essa decisão.

Mas é preciso que alguém alerte o nosso treinador para que não repita a estratégia utilizada em 2008, quando os titulares poupados em todos os jogos perderam o ritmo, deixaram escapar o título da Libertadores e não conseguiram se encontrar mais durante o restante do ano, o que quase custou o rebaixamento para a segundona.

Poupar jogadores durante a Taça Rio será uma medida salutar se realizada com parcimônia, preservando aqueles que estiverem exauridos, mas nunca a equipe toda de uma só vez.

E sobre o time de ontem, talvez só o Carleto consiga uma vaga de titular. O resto poderá ter utilidade no futuro, mas sempre como reservas.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:


Resende 2 X 1 Fluminense

Local: Raulino de Oliveira, Volta Redonda (RJ)

Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)

Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises e Francisco Pereira de Sousa

Gols: Marcel, aos 5' e Rafael Sobis, aos 30' do primeiro tempo e Marcelo Régis, aos 19’ do segundo.

Cartões amarelos:  Wallace

Fluminense: Ricardo Berna; Souza (Wallace - intervalo), Digão, Márcio Rosário e Carleto; Fábio (Samuel, 22'/2ºT), Jean, Lanzini (Matheus Carvalho, 26'/2ºT) e Wágner; Rafael Sobis e Rafael Moura - Técnico: Abel Braga.

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