sexta-feira, 2 de maio de 2008

Fluminense 2 x 1 Nacional. E rumo às quartas de final!

O Tricolor está quase lá. Só um cataclismo poderá lhe tirar a vaga.

O jogo não foi difícil. A vitória poderia ter sido muito mais fácil. Não foi, veio com aquela dose de suspense que a torcida já está acostumada, mesmo assim valeu.

O padrão de jogo, que já foi a característica marcante da equipe, continua irregular. As falhas nas saídas de bola permanecem gritantes. Definitivamente o Ygor não sabe jogar. Quase entrega o ouro novamente quando, no finalzinho da partida, tentou sair jogando e foi cercado por dois colombianos. Virou para um lado, para outro e acabou perdendo a bola para os adversários, como sempre. A seqüência da jogada terminou com um forte chute de fora da área, defendido pelo Fernando Henrique.
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Por que o apadrinhado mor de nossa comissão técnica não se desvencilhou da bola antes do cerco dos adversários? Poderia ter colocado a bola para a lateral, dado um chutão para frente, menos fazer o que tentou. Como disse o Abel Braga, à época em que era técnico do Fluminense, referindo-se a outro cabeça de bagre que jogava na equipe e que acabara de fazer lambança semelhante: “se não sabe botar o tempero, que jogue o feijão com arroz”.

O fato é que a inoperância do Ygor está sobrecarregando os demais jogadores da defesa. Arouca não consegue reeditar seu bom futebol, pois está sempre na dúvida se ataca ou fica para proteger o setor do companheiro. Thiago Silva, de tanto se esforçar para cobrir os buracos, estourou o músculo. Gabriel não rende, porque sabe que se perder a bola quando atacar, levará a culpa por eventuais contra-ataques, já que o cabeça de bagre não vai conseguir cobri-lo a contento. Vide o ridículo drible da vaca contra o Macaé.

Washington continua isolado na frente, tarefa inglória até para um Pelé, pois a bola só chega quadrada. Ainda mais com o jogador à meia bomba.

Terça-feira vai ser moleza. O Fluzão vai se classificar com certeza. Mas tem que olhar para o próximo adversário, São Paulo ou Nacional, de Montevidéu, uma parada bem mais indigesta.

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Teria Renato tomado um chá?

Após o jogo, Renato declarou que a atuação da equipe não agradou. Lamentou o fato de o time não ter aproveitado a expulsão do goleiro colombiano no início da partida para liquidar de vez com o Nacional

- “Poderíamos ter matado o duelo aqui. Com um homem a mais, não poderíamos ter dado tanto mole, demos mais espaço do que deveríamos e nos acomodamos em alguns momentos. O Atlético cresceu porque a gente deixou”.

Será que alguém entendeu essa declaração? A gente, quem cara pálida? Com um homem a mais desde os vinte minutos de jogo, Renato ficou estático, observando passivamente o time jogar recuado.

Por que não colocou o Dodô no intervalo do jogo, já que os colombianos jogavam lealmente, sem apelar a nenhum instante para a violência? Como tudo indica ser realmente o Ygor um jabá seu, que substituísse o Arouca.

Os atletas assimilam em campo o pensamento do comandante. Com superioridade numérica, contra um adversário fraco, a permanência de dois cabeças de área e um só atacante isolado sinaliza para a necessidade de defender a todo custo.

A impressão transformou-se em certeza quando da substituição do Thiago Neves pelo Maurício. Com três cabeças de área, a instrução pareceu clara no sentido de segurar o empate.

Não fosse a inspiração do Conca, naquele chute perfeito, o Tricolor estaria amargando um vergonhoso empate.

A incoerência entre o discurso após o jogo e a atitude durante o seu decorrer, leva a indagar: teria o nosso técnico tomado um chá de coca?

2 comentários:

Anônimo disse...

De fato, o Renato tem sido desnecessariamente retranqueiro, enchendo o time de volantes em situa�es em que deveria partir para o ataque.

Mas ele n�o tem culpa da inoper�ncia do meio campo do Fluminense nos �ltimos jogos, j� que ele n�o tem pe�as de reposi�o sequer razo�veis.

O Thiago Neves parece que vem jogando com as pernas acorrentadas a uma bola de ferro, n�o se mexe, nada produz e ainda erra passes f�ceis.

O Conca tem sido menos apagado q o TN, mas tb apagado.

Arouca: n�o consigo entender o que vem se passando com ele. Tz ele seja desses cujo rendimento depende do bom funcionamento do resto da equipe.

Ygor: esse acho que dispensa coment�rios.

Anônimo disse...

Sem meio campo

O Flu tem jogado sem alma, dispersivamente.

O meio campo é a alma do time. E o nosso não tem funcionado. E nem há alternativas no banco pra tentar resolver o problema.

O máximo q se pode fazer é substituir o Ygor por Maurício, Romeu ou até mesmo o Roger.

Mas isso não resolveria o problema da ausência de criação e aproximação com os atacantes.