domingo, 2 de março de 2008

Cabofriense: uma retomada tranqüila

Foi um jogo fácil. É bem verdade que o adversário não exigiu muito. O primeiro tempo meio sonolento, o segundo mais dinâmico.

Alguns jogadores ainda longe de sua forma atlética ideal, em especial Dodô, Conca e Gabriel. Os dois primeiros pela falta de seqüência de jogos. Devem melhorar com o decorrer das partidas. Quanto ao Gabriel, acho que não tem mais jeito. Voltou a jogar aquela bolinha de quando estava no Genérico Paulista e que acabou ocasionando sua dispensa. Precisa se condicionar bastante para tentar ganhar uma vaga no time. Hoje só joga por pura proteção. O pior é que o Rafael, nas vezes que o substitui não acrescenta muita coisa. Talvez fosse a hora de dar uma oportunidade ao Carlinhos, pelo menos no banco. Afinal, foi ele o titular durante a campanha da Copa do Brasil.

De um modo geral, o time melhorou. O meio campo está mais consistente, a equipe mais compacta, enfim o “esquema do queijo suíço” parece que não volta mais. Não existe mais a ligação direta na base dos chutões. Observaram quantos passes em profundidade deu o Conca? Convido quem não assistiu ao jogo, a ver os melhores momentos.

A defesa não pôde deixar de dar um vacilo. Quase sempre tomamos gols bobos de adversários fracos, o que é preocupante.

Fernando Henrique apresenta melhoras. Foi ovacionado pela torcida quando agarrou uma bola sem soltar, no final do primeiro tempo. Não pude discernir se eram palmas de alegria ou de gozação. Algumas pessoas a minha volta garantiram tratar-se de uma gozação. Não sei, não posso afirmar, pareceu-me mais uma manifestação de alívio. Estaria acontecendo o impossível?

Mesmo assim, ainda não passa confiança total. Na cobrança da falta que bateu no travessão, estava mal colocado e no gol um pouco adiantado. Não se pode afirmar que foi uma falha, a zaga é que realmente deu bobeira mas, de qualquer modo, a mania de dar sempre um passinho à frente, sem muita, lógica continua. Gostaria que a diretoria se esforçasse para contratar um goleiro mais seguro. Vai aí uma dica: Navarrette, do América, do México. Só vi o jogo contra o River Plate. Se jogar sempre assim, é sopa no mel. Precisa ser observado em outras partidas. Sua transferência pode não ser tão difícil, porque ele é reserva. O titular é também o goleiro da seleção mexicana.

Júnior César surpreendeu. Errou quase nada. Além do passe para o gol, deu dois outros, rasteiros, muito bons, não aproveitados pelos atacantes. Na defesa, não deixou buracos e recuperou algumas bolas difíceis.

Para o jogo com o Arsenal, será preciso mais velocidade. Não se pode enfrentar equipes argentinas com a apatia demonstrada na primeira fase. Melhor que teremos a volta do Thiago Silva. Ideal é que voltasse no lugar do Ygor, com o deslocamento do Roger para atuar como volante. Mas isso é o mesmo que um sonho numa noite de verão, pois dificilmente o Renato abrirá mão de seu indicado. Enquanto isso, o Diego Souza joga muito bem no Palmeiras. Fatos inexplicáveis da nossa diretoria.

O placar de 3x1 foi pequeno. Se forçasse um pouquinho mais, o Fluminense poderia ter dado uma goleada.

Ah, mais uma coisinha. Observei o Marcão com muito cuidado. Não é o mesmo do passado, mas ainda apresenta mais futebol que Ygor e Fabinho, contratados justamente para substituí-lo. Irônico, não?

Interessante a letra que a torcida introduziu naquela musiquinha “chororô”, em solidariedade ao Botafogo, Cienciano e Madureira. Acho melhor não reproduzi-la aqui. Mas prestem atenção que ela deve estar presente em outros jogos do Fluzão.

Para finalizar, é preciso destacar um fato que passou despercebido por grande parte da torcida. Estavam lado a lado nas áreas técnicas Renato, pelo Flu e Ailton, pela Cabofriense. Exatamente a dupla que detonou o urubu no ano de seu centenário. Eta, lembrança boa! E para relembrá-la em toda a plenitude, vai aí a repetição daquele momento mágico. Rala urubuzada! Com o Fluzão não tem chororô não, tem mesmo é chocolate!


6 comentários:

Anônimo disse...

Pedro escreveu:

O jogo ontem foi realmente fácil.
Vitória justa, tranquila e que poderia ter sido de mais.

Valeu para Dodô e Conca se entrosarem ao time, uma vez que ambos deverão ser titulares absolutos da equipe por um bom tempo.
Apesar de ter feito uma bela jogada que resultou o penalti do terceiro gol, acredito que o Dodô ainda está muito abaixo daquele que vimos atuar no ano passado.

Apesar da Cabofriense não ter oferecido muita dificuldades, fique satisfeito em ver o segundo tempo da equipe, onde o toque de bola até área do adversário substituiu os chutões utilizados nos jogos anteriores.

Quanto aos laterais:
O Gabriel, considerado por muitos o melhor da posição em 2005, continua devendo.
Naquela oportunidade ele jogava com mais liberdade para apoiar, pois o time jogava com praticamente 3 zagueiros (com o Marcão fazendo o papel de líbero).
Mas não é desculpa: Hoje ele erra quase todos fundamentos: passes, dribles, cruzamentos...
Pena que o Rafael ainda não disse ao que veio.

Por outro lado, tive a grata surpresa de ver uma bela atuação de Júnior César, que comprova mais uma vez que Gustavo Nery é o grande candidato a "come e dorme" neste elenco tricolor de 2008.

Para terminar, quando o FH fez aquela defesa, (cortando um cruzamento sem rebote), tenho certeza que a reação da torcida foi de deboche.
Alguns comemoraram como se fosse um gol. O FH acenou para torcida agradecendo o coro com seu nome, mas ele nem se deu conta da brincadeira da torcida.

Este momento me lembrou a época que gritávamos na arquibancada o famoso coro-deboche:
"I-Taberá, é seleção!"

Anônimo disse...

esse vídeo trouxe lembranças!
abraços

Helio R.L. disse...

Olha aí Pedro,
Temos que aguentar o Fh mesmo. Depois dos vexames do Diego, botei minha viola no saco. O goleiro dos juniores que disputou a Copa São paulo do ano passado, Alexandre se não me falha a memória, encheu-me os olhos. Mostrou segurança, defendeu penaltis e, coisa rara nessa geração de goleiros do Flu, não soltava as bolas com tanta facilidade. Anda sumido, nunca mais ouvi falar dele.
Quanto ao gabriel, já era. Acho que ele enganou em 2005, porque de lá prá cá não tem jogado nada. E olhe, que ao contrário do que você disse, ele tem toda a liberdade. Só que vai à frente, perde a bola e a defesa que se vire. Parei com ele, tá parecendo até o Schneider.
Saudações Trcolores.

Helio R.L. disse...

Sobre o Gustavo Nery, já tinha avisado que a diretoria iria comprar um mico daqueles. Veja os comentários: "Contratações estranhas", de 24 de janeiro e "Mais um mico", de 02/01, ambas sobre o assunto.
Sds. Tricolores.

Anônimo disse...

Ainda sobre nossos laterais, reforçando: o Gabriel de fato está destoando do resto do time. Um baita destaque negativo.

Júnior César, embora não tenha nenhum grande talento, está com uma invejável disposição física.

Quanto ao G. Nery: nem pra compor o banco está sendo usado, e nem deveria, mesmo. Deveriam rescindir o contrato dele logo.

Tomara que a ida do Branco pra ver jogos do campeonato paulista resulte na vinda de um lateral esquerdo, nem que seja pra ser reserva do Júnior César.

Anônimo disse...

Alo Seu Helio e Pedro,

saudacoes tricolores daqui dos EUA! estah dificil de acompanhar os jogos do Flu de longe mas estou sempre lendo o blog.
Que coisa mais linda ver o video da conquista de 95. Nao poderia ter sido melhor e foi um dos melhores dias da minha vida. To agora querendo ver o Assis em 83 ;-)
Abc,

Marcio